NAC
Sorocaba apresenta o espetáculo Demência
A dramaturgia, a fotografia e a sonoplastia
são de Everton Oliveira, com iluminação de Claudinei Rosa. O elenco é composto
por Alesson Brito Araújo, Bárbara Brito, Ednaldo Carlos, Enzo Farnocchia, Ivy
Sobral, João Carlos, José dos Santos, José Vicente, Joyce Siqueira, Luissa
Queiroz, Madalena Araújo, Madalena Silva, Maria Helena Antunes, Nancy Del
Guercio, Tiago Santos e José Zurdo.
Com classificação para maiores de 18
anos “Demência” é um espetáculo sobre a injustiça e as formas de tratamento
desumanas dispensadas àqueles mais pobres em nossa sociedade, pois, muitos
estudiosos diriam que a luta pela saúde mental é uma luta contra a pobreza,
pois, grupos de pessoas que vivem nas comunidades mais carentes estariam muito
mais expostas às contrariedades da vida em seu cotidiano, mais suscetíveis
àquilo que chamam de loucura, como defendem as teorias e mostram os números.
Demência conta a história de uma família
humilde, de uma região periférica de qualquer cidade brasileira, seja ela
grande ou do interior, que tem sua única filha exposta a uma situação de
violência sexual, o que acaba por desencadear diferentes processos de demência
nos integrantes daquela comunidade que são levados à cadeias e manicômios, como
meras vidas nuas.
É um espetáculo que trata de um dos mais
graves problemas enfrentados pelas sociedades contemporâneas – a condição de
saúde mental da população, que segundo a OMS aflige uma em quatro pessoas no
mundo e, ao adentrar em um universo das inúmeras faces da loucura, apresenta
traços da sua história e de sua memória no mundo ocidental – o eletrochoque, a
lobotomia e a quimioterapia, a concepção cultural sobre ela ao longo do tempo,
além do tradicional estatuto médico psiquiátrico que a recobria.
Traz à luz também o processo de
desinstitucionalização psiquiátrica vigente no país e diferentes experiências
sobre a loucura – a histeria coletiva, a depressão, a esquizofrenia, o uso
abusivo de álcool e drogas -configurando-se como uma abordagem sobre seu
território uma crítica sobre o denso muro dos antigos hospitais psiquiátricos,
das prisões, a violência e a exclusão, o preconceito, o estigma e a injustiça,
o que muito contraria uma sociedade de horizontes verdadeiramente democráticos
que, de portas abertas, respeita os direitos humanos e a cidadania.
Serviço
Teatro
do SESI Sorocaba
R. Duque de Caxias, 494 – Mangal
Entrada gratuita
Classificação: 18 anos
Quando: 22 de outubro de 17
Horário: 20h